Há dias assim,
em que quase tenho pena de mim.
Acordo cansado
e todos os ventos sopram num sentido errado,
deixando-me triste,
desanimado
e numa rouquidão interior,
sem ideais, nem voz, nem ambições,
isolado das multidões.
Soltam-se lágrimas
quando desejaria sorrir.
Apetece só dormir,
dormir um sono demorado,
sem calendário nem horário,
para acordar novamente
diferente,
sem sentir nojo da minha viuvez,
da minha pequenez.
Só apetece dormir
um sono com sonhos impossíveis,
que faça despertar a fantasia
e acordar num novo dia.
Ao entardecer desses dias,
eu tenho sempre a certeza
de que essas arrelias
são apenas desafios transitórios,
os purgatórios
antes do regresso do verde à paisagem
da minha viagem.
Para que hei-de ter pena de mim,
nesses dias assim assim,
se eu conheço as linguagens
dos sete sentidos do corpo
que me fazem acordar?
Pobres dos que não conseguem despertar.
em que quase tenho pena de mim.
Acordo cansado
e todos os ventos sopram num sentido errado,
deixando-me triste,
desanimado
e numa rouquidão interior,
sem ideais, nem voz, nem ambições,
isolado das multidões.
Soltam-se lágrimas
quando desejaria sorrir.
Apetece só dormir,
dormir um sono demorado,
sem calendário nem horário,
para acordar novamente
diferente,
sem sentir nojo da minha viuvez,
da minha pequenez.
Só apetece dormir
um sono com sonhos impossíveis,
que faça despertar a fantasia
e acordar num novo dia.
Ao entardecer desses dias,
eu tenho sempre a certeza
de que essas arrelias
são apenas desafios transitórios,
os purgatórios
antes do regresso do verde à paisagem
da minha viagem.
Para que hei-de ter pena de mim,
nesses dias assim assim,
se eu conheço as linguagens
dos sete sentidos do corpo
que me fazem acordar?
Pobres dos que não conseguem despertar.
José Filipe Rodrigues
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