segunda-feira, 16 de junho de 2008

Pesadelo do sangue que corre

Entre metralhas o teu corpo caiu
Cheio de sangue naquele terreno,
A morte chegou e não partiu
O horizonte ficou apenas sereno.

Ao longe era vermelho o luar
Que a guerra de dor adensava,
Falei então do verbo amar
Mas entre todos ninguém ligava.

O sangue esse continuava a correr
Banhando o nossa pouca esperança.
Não, nunca conseguirei esquecer
A tua dor minha doce criança.

Até a pobre esperança me fugia
Vagueando nos caminhos da morte,
Agarrei a saudade e a tua poesia
E fugi para este pobre mas meu forte.

E o forte é um coração com vida
Que sabe perdoar mas não esquecer,
Para que a razão seja conseguida
Há que saber lembrar para viver.

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