Os poetas da minha terra
são abutres de um sonho,
gaviões famintos de amor,
voam de guerra em guerra,
fugindo desse roncar medonho
das AK 47 que não têm cor.
Os poetas da minha terra
são pitangas feitas lança,
que brincam com o olhar
de uma qualquer criança
que nasce e morre na guerra,
que vive sem nunca sonhar.
Vivemos a dor e a alegria
de borboletas em criação
no pólen que foi o teu leito,
escondemos a dor que jazia
na lágrima que fora oração
e que alimentara o nosso peito.
E esses poetas não morrem só
nessa louca esperança faminta
em que morreu a fé que era nova,
embora de mãos dadas somos pó
que atormenta essa dor que pinta
valas comuns sem prova.
A ti criança do meu país
que da dor fizeste um album
de tanta dor e sofrimento,
resta-te ser o eterno juiz
desta eterna vala comum
que entoa de vento em vento.
são abutres de um sonho,
gaviões famintos de amor,
voam de guerra em guerra,
fugindo desse roncar medonho
das AK 47 que não têm cor.
Os poetas da minha terra
são pitangas feitas lança,
que brincam com o olhar
de uma qualquer criança
que nasce e morre na guerra,
que vive sem nunca sonhar.
Vivemos a dor e a alegria
de borboletas em criação
no pólen que foi o teu leito,
escondemos a dor que jazia
na lágrima que fora oração
e que alimentara o nosso peito.
E esses poetas não morrem só
nessa louca esperança faminta
em que morreu a fé que era nova,
embora de mãos dadas somos pó
que atormenta essa dor que pinta
valas comuns sem prova.
A ti criança do meu país
que da dor fizeste um album
de tanta dor e sofrimento,
resta-te ser o eterno juiz
desta eterna vala comum
que entoa de vento em vento.
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