Estreia no próximo dia 19 (sábado), às 21:30, no auditório da Quinta da Caverneira (Águas Santas, Maia, Portugal), a 92ª criação do Teatro Art’ Imagem, intitulada “O Escurial”. As sessões serão às 21:30 de terça a sábado e às 16:00 de domingo.
Ficha artística:
Texto de Michel de Ghelderode
Encenação e interpretação: Flávio Hamilton e Valdemar Santos
Desenho de luz: Leuman Ordep
Concepção plástica: Teresa Alpendurada
Sinopse:
Encenação e interpretação: Flávio Hamilton e Valdemar Santos
Desenho de luz: Leuman Ordep
Concepção plástica: Teresa Alpendurada
Sinopse:
Um rei, vagueia solitário na sua própria loucura e diverte-se com ela. Num espaço muito próximo, a rainha agoniza no leito de morte, envenenada, assassinada no seu próprio palácio. Um monge prepara-se para as honras fúnebres, observando de perto a clepsidra do expirar de mais uma alma. Nos bastidores deste terror, um bobo, tratador de cães, obriga-se por dever, divertir o rei, nos jogos que este mesmo cria, para conforto do seu sadismo e crueldade. Tudo se passa nos últimos momentos de vida da rainha…
Sobre o texto:
Sobre o texto:
Em “O Escurial”, Michel de Ghelderode expõe o homem no seu limite mais básico; um Rei refém da sua loucura e um Bobo escravizado à sua condição de plebeu. Mas o Autor vai mais além e inverte os papéis. Se por um capricho da vontade (do Rei), o bufão ascende à cadeira do poder, confundir-se-á ele com a figura do opressor?
Sobre o Autor:
Sobre o Autor:
Michel de Ghelderode é o pseudónimo do belga Adhemar Martens, escritor nascido em Bruxelas, a 3 de Abril de 1898, numa família de origem flamenga. Aos dezasseis anos é atacado pelo tifo, tragédia que o faz experimentar a proximidade da morte, o que o leva a interromper os estudos. Descobre então o teatro Isabelino, o repertório clássico espanhol, Strindberg, Goethe e as marionetas.
O seu teatro irá explorar sempre a condição humana em todo o seu horror e crueldade. Ao contrário de uma vida feita de quietude e fragilidade, a sua obra é vital, polémica e explosiva. Entre os seus sucessos, contam-se obras como Os cegos, O estranho e o cavaleiro, Escola de bufões, O escurial, Barbarás, Christophe Colomb. Em 1950, Gallimard inicia a publicação do seu teatro completo. Morre a 1 de Abril de 1962 em Bruxelas.
Os temas obcecantes da morte, da dor, da irrisão e da loucura, exprimem-se sem recurso à metafísica, num estilo próximo dos mistérios, numa linguagem que se entrega, na sua extravagância, como veículo do espírito atormentado e do corpo torturado. Esforçando-se por voltar às origens do teatro vivo e popular, rejeita a psicologia, substituindo-a pelos elementos visuais e gestuais, atribuindo aos objectos e ao cenário um valor de símbolos.
“Para mim, o teatro é um jogo do instinto. O autor dramático, não deve viver senão de visão e de adivinhação. A inteligência é secundária”.
Os temas obcecantes da morte, da dor, da irrisão e da loucura, exprimem-se sem recurso à metafísica, num estilo próximo dos mistérios, numa linguagem que se entrega, na sua extravagância, como veículo do espírito atormentado e do corpo torturado. Esforçando-se por voltar às origens do teatro vivo e popular, rejeita a psicologia, substituindo-a pelos elementos visuais e gestuais, atribuindo aos objectos e ao cenário um valor de símbolos.
“Para mim, o teatro é um jogo do instinto. O autor dramático, não deve viver senão de visão e de adivinhação. A inteligência é secundária”.
3 comentários:
Tive a oportunidade de assistir "O Escurial"aqui,na cidade de Guararapes-Estado de São Paulo-Brasil.
Foi maravilhoso e os atores e equipe nos receberam para fotos e conversa.
Obrigada,continuem a nos proporcionar extraordinárias interpretações.
21/07/2010
Evanir Anselmo (evanir_guara@hotmail.com)
Meus queridos amigos de Guararapes!!!!
Foi muito gratificante ter estado na vossa cidade e poder oferecer-vos um pouco da minha arte que tanto prezo e que mais ainda quero partilhar!
Ver a sala cheia, com um público entusiasta e atento, poder partilhar no final uma conversa informal sobre nós, vós e o espectáculo, e acima de tudo, perdoem-me o egoísmo, saber, confirmar que "O Escurial" foi tão bem recebido e elogiado,bom, são saquelas coisas que levamos para sempre connosco.
Obrigado, muito obrigado boa gente!
Valdemar Santos, actor e co-encenador d'"O Escurial"
Bem hajam!!!!
Meus queridos amigos de Guararapes!!!!
Foi muito gratificante ter estado na vossa cidade e poder oferecer-vos um pouco da minha arte que tanto prezo e que mais ainda quero partilhar!
Ver a sala cheia, com um público entusiasta e atento, poder partilhar no final uma conversa informal sobre nós, vós e o espectáculo, e acima de tudo, perdoem-me o egoísmo, saber, confirmar que "O Escurial" foi tão bem recebido e elogiado,bom, são saquelas coisas que levamos para sempre connosco.
Obrigado, muito obrigado boa gente!
Valdemar Santos, actor e co-encenador d'"O Escurial"
Bem hajam!!!!
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