Portugueses, e não só, do Canadá prestam homenagem ao Jornalista Fernando Cruz Gomes que tem a sua arte gravada em todos os cantos onde se fala e escreve português. Bom português, acrescente-se.
No próximo dia 7 de Novembro, a comunidade portuguesa (e não só) no Canadá vai homenagear Fernando Cruz Gomes pelos seus 50 anos de Jornalismo. De Portugal a Angola, passando pelos restantos cantos e esquinas do mundo, Fernando Cruz Gomes deixou a sua arte gravada a letras de ouro.
Também aqui no Notícias Lusófonas tem desde há muito o seu espaço. Ninguém conseguirá escrever a História da Lusofonia sem falar de Fernando Cruz Gomes. "É um Mestre", dizem todos os que com ele trabalharam ou trabalham. Para nós aqui no NL não é um Mestre, é o Mestre.
A qualidade da escrita de Fernando Cruz Gomes pode, a título de exemplo, ser aquilatada pelo mais recente artigo que publicou no Jornal Sol Português, do Canadá, intitulado “Ganharam todos... e ainda bem! “, e que a seguir se reproduz:
«Ganharam todos. E ainda bem! Ganharam todos... quer nas eleições autárquicas, quer nas eleições legislativas! E como ganharam todos... é certo e sabido que quem ganhou... foi Portugal. Foi o Povo, em suma.
Como hão-de ver os conspícuos leitores deste pedaço de prosa... vamos ter, em breve, passados ao papel e na prática, os resultados evidentes destas vitórias tão cantadas por toda a parte.
A nossa gente mais jovem vai, em breve, ter uma Escola que ensine. Não uma escola de "passa culpas" e de atribuição de "canudos". Uma Escola que abra as portas para o mundo do trabalho. Trabalho que dói... mas dignifica. Uma Escola onde o professor ensine e onde os meninos aprendam. Para aqueles não mais o medo de serem confrontados por estes com canivetes e fisgas, quando não com pistolas.
Isso era antigamente...
Desemprego foi chão que deu uvas. Vamos ter é um quadro geral de postos de trabalho que nos dá para escolher. Um quadro geral onde a escolha vai ser facilitada, já que, preparados nas Escolas, podemos encontrar a satisfação das nossa tendências profissionais. Postos de trabalho que facilitem a tarefa dos pais de família em pôr na mesa a comida para todos.
Vamos ter, em breve, uma aula prática de como ser mais cívico. Vamos começar a ver, espalhadas por todas as cidades do nosso País, aquelas caixas onde as empresas distribuidoras põem os Jornais, na certeza antecipada de que ninguém as vandaliza, ninguém tira dois jornais quando por lá põe a moeda para um. É mais uma prova de maturidade que vamos ficar a dever aos bons resultados que os Partidos tiveram nas mais recentes eleições.
Todos ganharam, não é?! – Ganhámos todos, então...!
Até vamos poder escrever, livremente, aquilo que queremos... sem termos à perna aquele mauzão do senhor que põe processos criminais em todos os que lhe não vão comer à mão. Vamos todos, finalmente, ter paz. Os polícias e os guardas vão poder, finalmente, mostrar os seus dotes cívicos – "servir e proteger", como dizem... – porque a criminalidade também vai descer para níveis satisfatórios. Vamos todos, afinal, gozar as delícias das nossas belas praias... sem a toda a hora estarmos a espetar coisas estranhas nos pés, já que, a partir de agora – como nós acreditamos – o civismo vai ser palavra de ordem.
Sonhos? – Não... não é sonho. É que todos os Partidos, com contas e mais contas, acabam de dizer que ganharam. Que a vitória foi deles. Que... Ora, sendo assim, e como o povo é quem mais ordena, o Povo, decerto, lhes deu estas indicações e estes mandatos. De resto... alguns até estão bem escarrapachados nos programas eleitorais.
Vivó! O Povo... soube escolher. E deu a vitória a todos... »
A qualidade da escrita de Fernando Cruz Gomes pode, a título de exemplo, ser aquilatada pelo mais recente artigo que publicou no Jornal Sol Português, do Canadá, intitulado “Ganharam todos... e ainda bem! “, e que a seguir se reproduz:
«Ganharam todos. E ainda bem! Ganharam todos... quer nas eleições autárquicas, quer nas eleições legislativas! E como ganharam todos... é certo e sabido que quem ganhou... foi Portugal. Foi o Povo, em suma.
Como hão-de ver os conspícuos leitores deste pedaço de prosa... vamos ter, em breve, passados ao papel e na prática, os resultados evidentes destas vitórias tão cantadas por toda a parte.
A nossa gente mais jovem vai, em breve, ter uma Escola que ensine. Não uma escola de "passa culpas" e de atribuição de "canudos". Uma Escola que abra as portas para o mundo do trabalho. Trabalho que dói... mas dignifica. Uma Escola onde o professor ensine e onde os meninos aprendam. Para aqueles não mais o medo de serem confrontados por estes com canivetes e fisgas, quando não com pistolas.
Isso era antigamente...
Desemprego foi chão que deu uvas. Vamos ter é um quadro geral de postos de trabalho que nos dá para escolher. Um quadro geral onde a escolha vai ser facilitada, já que, preparados nas Escolas, podemos encontrar a satisfação das nossa tendências profissionais. Postos de trabalho que facilitem a tarefa dos pais de família em pôr na mesa a comida para todos.
Vamos ter, em breve, uma aula prática de como ser mais cívico. Vamos começar a ver, espalhadas por todas as cidades do nosso País, aquelas caixas onde as empresas distribuidoras põem os Jornais, na certeza antecipada de que ninguém as vandaliza, ninguém tira dois jornais quando por lá põe a moeda para um. É mais uma prova de maturidade que vamos ficar a dever aos bons resultados que os Partidos tiveram nas mais recentes eleições.
Todos ganharam, não é?! – Ganhámos todos, então...!
Até vamos poder escrever, livremente, aquilo que queremos... sem termos à perna aquele mauzão do senhor que põe processos criminais em todos os que lhe não vão comer à mão. Vamos todos, finalmente, ter paz. Os polícias e os guardas vão poder, finalmente, mostrar os seus dotes cívicos – "servir e proteger", como dizem... – porque a criminalidade também vai descer para níveis satisfatórios. Vamos todos, afinal, gozar as delícias das nossas belas praias... sem a toda a hora estarmos a espetar coisas estranhas nos pés, já que, a partir de agora – como nós acreditamos – o civismo vai ser palavra de ordem.
Sonhos? – Não... não é sonho. É que todos os Partidos, com contas e mais contas, acabam de dizer que ganharam. Que a vitória foi deles. Que... Ora, sendo assim, e como o povo é quem mais ordena, o Povo, decerto, lhes deu estas indicações e estes mandatos. De resto... alguns até estão bem escarrapachados nos programas eleitorais.
Vivó! O Povo... soube escolher. E deu a vitória a todos... »
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