Sessenta e dois membros, oito dos quais ligados à Mesa da Assembleia Geral, estão inscritos até ao momento na futura Associação dos Alfarrabistas, Leitores e Expositores de Angola (A.A.L.E.A), que aguarda pela promulgação do Estado para dar início às actividades programadas.
A informação foi avançada hoje à Angop, em Luanda, pelo presidente da Assembleia Geral, João António de Carvalho, para quem a organização virá dar outra dinâmica à actividade, procurando defender em pleno os interesses da classe.
O responsável explicou que, dos 62 membros inscritos, apenas oito são efectivamente alfarrabistas, sendo os demais profissionais de outros ramos, tais como protocolo do Estado, economia, direito, engenheira, educação, polícia e serviços de informação.
“Fomos forçados a constituir uma associação, que aguarda pela promulgação.Outrora, designava-se Associação dos Alfarrabistas e Leitores de Angola – A.A.LA, mas por ordem do Ministério da Justiça tivemos de alterar a sigla para A.A.L.E.A – Associação dos Alfarrabistas, Leitores e Expositores de Angola”, explicou.
João de Carvalho disse já terem conseguido uma sede, em Luanda, mas assegurou que, até agora, nem todos os profissionais de venda de livros na rua estão associados. Apelou aos demais colegas a aderirem à organização, por forma a facilitarem a relação com as autoridades competentes, podendo comercializar os seus produtos sem incómodos, enquanto se aguarda pela promulgação.
Disse terem endereçado vários pedidos às autoridades, para exercer a profissão, razão porque “deixaram de ser interpelados pela fiscalização”, mesmo sem pagar imposto.
“Qualquer cidadão pode ser membro. Aconselhamos os colegas a aderirem, para não serem advertidos pela polícia. Tivemos recentemente casos de proibição de alfarrabistas, em Luanda, por não estarem filiados e por venderem fora desse acordo verbal”, disse.
Do seu ponto de vista, só organizados conseguirão mudar a imagem que a sociedade tem dos alfarrabistas, criando outras formas de buscar ajuda, quer do Estado, quer de organizações não governamentais, mormente na cedência de livros usados.
Uma das intenções da A.A.L.E.A, explicou, é negociar com ONG estrangeiras a doação de livros antigos, porém com grandes possibilidade de serem vendidos.
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