A Companhia de Dança Contemporânea de Angola (CDC) regressa aos palcos em Setembro próximo, depois de um interregno de dez anos, oferecendo aos amantes dessa modalidade artística um espectáculo de reaparição, previsto para o Cine Teatro Nacional, em Luanda, nos dias 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27.
Segundo uma nota de imprensa da CDC, o espectáculo terá coreografia e direcção artística da professora Ana Clara Guerra Marques, com música de Victor Gama, percussão ao vivo de Abraão Kumba e figurinos de Nuno Guimarães.
João Paulo Costa será o responsável pela imagem e edição multimédia do "show", designado "Peças Para Uma Sobra Iniciada e Outros Rituais Mais ou Menos".
No seu comunicado, a Companhia afirma estar pronta para iniciar a temporada 2009 com um espectáculo capaz de "surpreender" o público, no qual a oratura angolana, "as máscaras e os rituais de iniciação são matéria para a actualização da tradição enquanto suporte inevitavelmente contemporâneo em todas as transições".
"As emoções e os conflitos – onde corpos simples e corpos complexos, metamorfoses e mutações decorrem de provações que é preciso vencer para sermos aceites como novos, puros, mas diferentes – voltam a ser tema da Companhia".
Com este evento, propõe-se mostrar "um investimento diferente para o produto da investigação e uma leitura do texto científico em formato não convencional".
O novo espectáculo, refere a nota, "dá a descobrir outras máscaras físicas, sociais e outros rituais: mais ou menos, ou aqueles que se alicerçam num contexto actual e urbano".
A CDC conta regressar com a mesma determinação do passado, "para retomar o seu projecto de revitalização da dança em Angola, agora com uma nova dinâmica e novas formas de suporte e de prolongamento da sua actividade".
Conta promover uma Oficina de Artes e uma Área de Projectos de intervenção comunitária.
Criada em Dezembro de 1991, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola é "uma das primeiras do género em África e a primeira com estatuto profissional em Angola", sendo constituída por bailarinos angolanos com formação especializada.
Responsável pela ruptura estética e formal da dança angolana, tem dezenas de obras originais e espectáculos produzidos em Angola e no estrangeiro.
A CDC é a grande referência do género contemporâneo angolano, tendo como base um profundo trabalho de investigação, quer a nível das danças patrimoniais angolanas, quer a nível das dinâmicas sociais do país.
1 comentário:
caro Orlando.
chamo-me Rui Lopes Graça e sou coreografo em lisboa. gostaria de entrar em contacto com a companhia de dança. por acaso tem os contactos da companhia?
muito obrigado,
Rui L Graça
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