Na linguagem cifrada do vento
descubro uma metáfora amarelo sol
um estranho e onírico sopro
num feixe de arco-íris eterno
Espreitam olhos de maldade
escondem brinquedos de fingida simpatia,
mas as recordações filtram o passado
e servem o equilíbrio instável do presente
Linda boneca de tez rosada
deita-se no perfume do tempo
que constrói transparentes certezas
num mar urgente de cetim
Quero olhar a história
matar a vergonha consentida
e ver-te brincar na memória
retocada por desejos fortuitos
Ao olhar-te adormeço para a eternidade
descubro uma metáfora amarelo sol
um estranho e onírico sopro
num feixe de arco-íris eterno
Espreitam olhos de maldade
escondem brinquedos de fingida simpatia,
mas as recordações filtram o passado
e servem o equilíbrio instável do presente
Linda boneca de tez rosada
deita-se no perfume do tempo
que constrói transparentes certezas
num mar urgente de cetim
Quero olhar a história
matar a vergonha consentida
e ver-te brincar na memória
retocada por desejos fortuitos
Ao olhar-te adormeço para a eternidade
e sorrio
Salomé Castro in Ubi Veritas
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