sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ela espera por vós!

Um dia,com ou sem o pai, a minha terra estará
à vossa espera.
Nessa altura,
mesmo sem saberem
o sítio exacto onde deixei
o cordão umbilical,
vão respirar o silêncio,
beber o infinito
e dormir embalados pela certeza
de que, afinal,
o pai tinha razão
quando chorava de saudade.
Terão um olho
no canto da lágrima.
E a terra quente subirá
para beijar essa lágrima.
Nascerá então  uma flor.
Uma flor sem nome
(talvez se chame Luana),
uma daqueles flores
que só alguns vêem,
que só alguns sentem,
que só alguns amam.

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