quarta-feira, 3 de março de 2010

Poeta do musseque

Eu Sou
o poeta do musseque
dos bairros de lata
dos dias sem água
sem luz
a minha alma é escura
a minha alma é seca
a minha tristeza é muito triste
a minha amargura é muito amarga.
A doença da vaidade
vagueando por esta cidade
de mãos dadas
com a falsidade.
A biblioteca abandonada
vestida de pano.
O rosto melancólico
estampado em cada angolano.
O poeta que traz
o realismo
o neo-realismo na caneta
vivo entre vós
mas não faço parte
deste planeta.
A verdade
como as promessas de Deus
tardo
mas nunca falho
O tudo
O nada
O sim
O não
A certeza nessa longa jornada
O filho que muito ama esta terra
O que não posso dizer
O monami que esta terra
viu nascer...

Sandro Feijó (Poeta Universal)

1 comentário:

Anónimo disse...

Sandro Feijó, um futuro literata para nova Angola. Pelo que vi e senti,deu para ver que o Poeta Universal tem um futuro promissor e brilhante. Os amigos e amantes da literatura podem esperar por coisas maravilhosamente boas...

Sucessos,força, audácia.Continue a escrever para Angola, para África e,para o mundo.