terça-feira, 24 de novembro de 2009

O silêncio que se ama e respira

Um dia lá irás respirar o silêncio,
beber o infinito, e chorar a saudade
que fez do pai um pobre sonhador
que não sabe se sonha
ou se se limita a olhar
o passado pelos recantos
do futuro, ou pelas esquinas
que no presente moribundam.
Eu sei que reponho o sonho
no que não me limito a olhar
seja o futuro ou o presente
pelos recantos do passado.
Não te importes com as lágrimas
que inundarão a terra quente,
a terra quente da minha de Angola.
Nesse dia, entre o silêncio,
o infinito e a saudade nascerá uma flor.
Que flor? Perguntarão alguns,
ao verem-te olhar o horizonte
pelo sorriso que foi do teu pai.
Não te preocupes porque essa será
uma flor tão rara que só tu verás,
que só nós dois sentiremos.

Sem comentários: