sábado, 20 de junho de 2009

Património Mundial da Humanidade
- Cidade Velha (Cabo Verde) merece!

O primeiro-ministro cabo-verdiano escreveu cartas a vários chefes de Estado e de Governo a pedir apoio para a candidatura da Cidade Velha a Património Mundial da Humanidade, decisão que a UNESCO anunciará segunda ou terça-feira em Sevilha (Espanha).

Numa nota de imprensa, o gabinete do primeiro-ministro dá conta de que José Maria Neves enviou cartas aos presidentes de Cuba, Peru, EUA, Brasil e Nigéria e aos primeiros-ministros de China, Marrocos, Madagáscar, Israel, Quénia, Suécia, Barbados, Espanha, Canadá, Maurícias, Egipto, Jordânia, Tunísia e Bahrein, países que a partir de segunda-feira decidem sobre a candidatura da Cidade Velha, 15 quilómetros a oeste da Cidade da Praia.

Há alguns meses, José Maria Neves escrevera também missivas aos primeiros-ministros de Portugal, Senegal, França e Luxemburgo a pedir também apoio à candidatura daquela que foi a primeira cidade portuguesa a ser erigida em território africano em pleno século XVI.

No início da semana passada, numa visita oficial às ilhas Canárias, José Maria Neves discutiu o apoio que Espanha tem vindo a dar às pretensões de Cabo Verde, tendo em conta que Madrid tem dado um importante contributo à recuperação da Cidade Velha, também conhecida como Ribeira Grande de Santiago.

A 11 deste mês, a Fortaleza de São Filipe, um dos "ex-libris" da Cidade Velha, foi eleita como uma das sete maravilhas de origem portuguesa no mundo, tendo o ministro da Cultura cabo-verdiano, Manuel Veiga, sublinhado que essa decisão poderá influenciar "positivamente" a candidatura.

Na ocasião, Manuel Veiga disse que Comité para o Património Mundial da UNESCO "não poderá ignorar" esta classificação.

"O concurso foi lançado a nível mundial. Foram pessoas em redor do mundo que votaram na Cidade Velha, entre os 27 grandes monumentos no mundo. O Comité (da UNESCO) não poderá ignorar isto", insistiu.

A Fortaleza Real de São Filipe foi erguida no contexto da Dinastia Filipina após os sucessivos ataques e assaltos do corsário inglês Francis Drake (entre 1578 e 1585), visando a defesa da Cidade Velha e do seu ancoradouro.

As obras foram iniciadas em 1587 e concluídas em 1593, mas, em 1712, foi novamente tomada de assalto, desta vez por corsários franceses, que, em seguida, saquearam violentamente a cidade, incendiando-a. A fortaleza acabaria por ser reconstruída na segunda metade do século XVIII.

Mais recentemente, em 1999, a Fortaleza Real de São Filipe sofreu intervenções de conservação e restauro, enquadrado no plano de recuperação da Cidade Velha, sob a coordenação do arquitecto português Siza Vieira, financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Livro "O Pai do Nacionalismo Angolano. As memórias de Holden Roberto VolI-1923-1974" são uma ediçao de autor e nao são nem nunca forma uma iniciativa da FNLA-Frente de Libertaçao Nacional de Angola. Agradecia a correccao e agradecimentos sentidos a divulgacao.
Joao Paulo Nganga