sexta-feira, 19 de junho de 2009

"Porto - nos Atalhos da História"

O jornalista e historiador Germano Silva, que este ano comemora 50 anos de carreira, apresenta sábado o seu 22º livro sobre a história e tradições do Porto, com o mesmo objectivo de sempre "ajudar a preservar o património da cidade".

O livro "Porto - nos Atalhos da História" reúne mais um conjunto de crónicas que o autor publica há vários anos, aos domingos, no Jornal de Notícias.

"São crónicas que têm um sentido pedagógico porque dão a conhecer a história da rua onde moram ou da igreja onde vão à missa e assim motivam as pessoas a contribuir para a preservação do meio onde vivem ou trabalham", disse Germano Silva.

Em declarações à Lusa, o autor congratulou-se com o facto desse objectivo ter sido alcançado.

"Recebo imensas cartas, mails, telefonemas e mensagens de pessoas a reconhecer que foi através das minhas crónicas que passaram a conhecer a riqueza histórica de locais ou de edifícios que até então desconheciam por completo", salientou.

Nas suas crónicas, Germano Silva procura também "contar histórias, umas mais pícaras, outras mais humanas, outras sentimentais".

"O objectivo não é olhar o passado com sentido saudosista, mas sim tirar dele uma lição para o presente e para o futuro", sublinhou. Em seu entender, "o património da cidade tem sido muito devastado", lamentando em concreto o desaparecimento de casas do século XVI.

Para o lançamento deste seu mais recente livro, Germano Silva convida "toda a gente" a participar porque será "um acto cultural, um momento de festa e de convívio".

"Não é obrigatório comprar o livro é mais uma iniciativa em que o Porto estará em discussão", sustentou. A animação estará a cargo do Rancho Folclórico do Porto que terá uma actuação relacionada com o Porto Romântico e as Invasões Francesas.

"É uma vida dedicada ao jornalismo. Orgulho-me da minha profissão que sempre exerci com profissionalismo e sem prejudicar ninguém", disse.

Germano Silva é jornalista, depois de ter sido marçano num retroseiro da Rua de Santa Catarina e operário numa fábrica de lanifícios. À noite frequentou o Curso Geral de Comércio. Foi ainda escriturário no Hospital de Santo António.

Em 1956, começou a colaborar no Jornal de Notícias integrando em 1959 o quadro redactorial, onde foi estagiário, repórter, redactor, subchefe e chefe de redacção. Aí mantém a coluna dominical "À descoberta do Porto". Foi correspondente do Expresso, Jornal Novo e O Jornal, delegado da Visão e é colaborador regular da RTP, SIC, RDP, TSF e Rádio Renascença.

Foi vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas, membro da direcção do Teatro Experimental do Porto, sócio fundador dos clubes de jornalistas de Lisboa e Porto, do Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende, membro da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto e do Centro de Formação de Jornalistas.

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