segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Autarquia de Viana do Castelo cria
Rede de Bibliotecas e catálogo online
A Câmara Municipal de Viana do Castelo (Portugal) aprovou, em reunião de executivo, o alargamento da Rede de Bibliotecas a todas as escolas do primeiro, segundo e terceiro ciclos do ensino básico e ainda do secundário e ainda a criação do catálogo colectivo online.
Trata-se de possibilitar o acesso colectivo ao acervo das diferentes bibliotecas escolares, algumas com grande valor bibliográfico, e ainda de criar uma plataforma tecnológica que permita a dinamização de empréstimos inter-bibliotecas online.
A Rede de Bibliotecas irá agora abranger todas as escolas do concelho, que ficarão online através de uma plataforma tecnológica que permite a criação de um catálogo online colectivo, visando o fomento de uma política coordenada de aquisições, a compatibilização e a troca de informação bibliográfica e a dinamização de empréstimos inter-escolas.
Desta forma, e de acordo com a Presidente da Câmara, Flora Silva, “fica facilitada a troca de livros entre bibliotecas, é facilitada a gestão da colecção das bibliotecas e é enriquecido o catálogo das bibliotecas”.
Na reunião de executivo, foi também aprovado o protocolo de cooperação com a Comissão do Plano Nacional de Leitura com o objectivo de combater a iliteracia e divulgar o livro e a leitura nas escolas e nas salas de aulas.
Desta forma, e de acordo com a Presidente da Câmara, Flora Silva, “fica facilitada a troca de livros entre bibliotecas, é facilitada a gestão da colecção das bibliotecas e é enriquecido o catálogo das bibliotecas”.
Na reunião de executivo, foi também aprovado o protocolo de cooperação com a Comissão do Plano Nacional de Leitura com o objectivo de combater a iliteracia e divulgar o livro e a leitura nas escolas e nas salas de aulas.
Para cumprir este protocolo, a Câmara Municipal de Viana do Castelo vai apoiar financeiramente as instituições educativas com 29 mil euros, que serão utilizados na aquisição de livros para as bibliotecas escolares até 2011, um valor que será duplicado com o apoio prestado pela Comissão do Plano Nacional de Leitura.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Pintura de José González Collado no Porto

Porque, na verdade, se há artista plástico vivo que se possa caracterizar pela mestria do desenho e da conjugação das cores, esse é Collado, que as 83 anos de idade ainda pinta 5 horas por dia com o mesmo talento de há sessenta e tal anos, quando expôs pela primeira vez a sua obra.
A exposição poderá ser vista de segunda-feira a sábado, das 9,30 às 19 horas, até ao dia 26 de Setembro.
Galeria Vieira Portuense
Largo dos Lóios, 50, 4050-338 Porto (Portugal)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
IN Teatro. Do Teatro. No Teatro. Dentro do...
É tudo uma questão de abordagem e de atitude. Uma atitude essencialmente INformal, provocadora e reveladora. Pretende-se criar encontros estimulantes e íntimos com o público, reflectindo sobre o que nos rodeia, baseando algumas cenas em textos que atravessam a história do Teatro Ocidental, dando a provar um pouco da universalidade e contemporaneidade dessas referências intemporais.
Misturam-se, entre outros, tragédia, sátira, comédia, absurdo, realismo, dança, canto, máscara, mímica, marioneta, luz, som e vídeo. Explorando-os, sem pudores, para dar a conhecer uma multiplicidade de linguagens teatrais.
Subvertendo a estrutura convencional de um espectáculo, criando uma outra relação entre espectador e actor, queremos possibilitar o surgimento de uma experiência nova, para nós e para o público que se queira deixar surpreender…
IN 13ª produção AL-MaSRAH Teatro
Criação Colectiva
Encenação: Pedro Ramos
Corpo e Movimento: Rita Alves
Interpretação: Bruno Martins, Cátia Agria, Patrícia Amaral, Pedro Carvalho, Susana Nunes
Luz e Som: Valter Alves
Vídeo e Fotografia: Sandra Santos
Dramaturgia, Adereços, Figurinos Colectivo Apoio à Produção: Tela Leão Piano: Luís Conceição
Guitarra Portuguesa: José Alegre
Cartaz: Miguel Cruz
Desenhos Genérico: Gaya
Materiais de Divulgação: Verónica Guerreiro
80 min. M/12
Próximos espectáculos
10, 11, 12 e 13 Setembro – 22h – Espaço da Corredoura – TAVIRA
18 e 19 Setembro – 22h – Teatro Garcia de Resende – ÉVORA
25 e 26 Setembro – 22h – Teatro Municipal – SERPA
Informações e Reservas
967 77 91 22
alteatro.c@gmail.com
alteatro.c@gmail.com
80 min. M/12
Próximos espectáculos
10, 11, 12 e 13 Setembro – 22h – Espaço da Corredoura – TAVIRA
18 e 19 Setembro – 22h – Teatro Garcia de Resende – ÉVORA
25 e 26 Setembro – 22h – Teatro Municipal – SERPA
Informações e Reservas
967 77 91 22
alteatro.c@gmail.com
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Mais de quatro mil vsitaram a Avifauna
A mostra está patente no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) até 12 de Setembro mas os números registam o interesse crescente dos visitantes pelas aves e pelas imagens captadas pelas objectivas de jovens vianenses.
Destes quatro mil visitantes, cerca de 500 são público em geral, cerca de dois mil através de visitas com associações ou em grupos organizados que agendaram actividades e visitas com o CMIA e cerca de seiscentos de escolas da região.
Destes quatro mil visitantes, cerca de 500 são público em geral, cerca de dois mil através de visitas com associações ou em grupos organizados que agendaram actividades e visitas com o CMIA e cerca de seiscentos de escolas da região.
A exposição temporária apresenta imagens registadas pelos jovens de Viana do Castelo e que estão compiladas numa obra inédita editada no âmbito das Comemorações dos 750 Anos do Foral Afonsino. Da autoria de António Rodrigues, Domingos Rocha, Duarte Nuno Araújo, Hélder Araújo e Pedro Gomes, este livro contém excelentes imagens da principal avifauna do concelho, fazendo ainda um enquadramento natural do concelho.
A edição e respectiva exposição retratam a beleza, o colorido e as características da avifauna do concelho. Trata-se de um catálogo de extraordinário cuidado fotográfico que apostou na observação e fotografia do património natural do Lima e do Litoral Norte, com especial enfoque para as aves. São cerca de cem espécies fotografadas e catalogadas e que resultam de um trabalho de campo e de investigação intenso ao nível da observação, fotografia e identificação que envolveu mais de 1200 horas de trabalho, entre Fevereiro de 2007 e Março de 2009.
O CMIA de Viana do Castelo tem vindo a promover um largo conjunto de exposições dedicadas ao ambiente. Com dois anos de funcionamento, já participaram nas actividades do Centro mais de 18 mil pessoas de diversas faixas etárias, graças a uma diversidade de projectos, formações, exposições e iniciativas que tem vindo a marcar o calendário anual do concelho.
O CMIA de Viana do Castelo é uma das obras marcantes da intervenção do Programa Polis. Foi recuperado um valioso património natural e edificado - Azenhas de D. Prior (moinho que funcionava com a força da maré), deixado ao abandonado na década de 30 do séc. XX e profundamente degradado.
A edição e respectiva exposição retratam a beleza, o colorido e as características da avifauna do concelho. Trata-se de um catálogo de extraordinário cuidado fotográfico que apostou na observação e fotografia do património natural do Lima e do Litoral Norte, com especial enfoque para as aves. São cerca de cem espécies fotografadas e catalogadas e que resultam de um trabalho de campo e de investigação intenso ao nível da observação, fotografia e identificação que envolveu mais de 1200 horas de trabalho, entre Fevereiro de 2007 e Março de 2009.
O CMIA de Viana do Castelo tem vindo a promover um largo conjunto de exposições dedicadas ao ambiente. Com dois anos de funcionamento, já participaram nas actividades do Centro mais de 18 mil pessoas de diversas faixas etárias, graças a uma diversidade de projectos, formações, exposições e iniciativas que tem vindo a marcar o calendário anual do concelho.
O CMIA de Viana do Castelo é uma das obras marcantes da intervenção do Programa Polis. Foi recuperado um valioso património natural e edificado - Azenhas de D. Prior (moinho que funcionava com a força da maré), deixado ao abandonado na década de 30 do séc. XX e profundamente degradado.
A sua reabilitação, da autoria do jovem arquitecto Jorge Cavaleiro, permitiu criar um espaço aberto ao púbico em geral com uma oferta de actividades variada e para diversas faixas etárias, possibilitando assim a fruição de valores culturais, de património natural e construído, bem como aprender a observar a natureza e adquirir boas práticas ambientais.
O CMIA proporciona ainda o indispensável enquadramento técnico e logístico às actividades a desenvolver no Parque Urbano de Viana do Castelo parte integrante da Zona Húmida do Estuário do Lima com cerca de 23 hectares.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Vermelho de sangue sem fé

fecundei o olhar de um país
de sonho sem qualquer latitude.
A quimera era apenas uma lança
que feria de morte a raiz
de uma tão cobarde atitude.
A minha criança negra recusa
pétalas celestes de amanhã
nascidas da nossa terra queimada.
Sonhar é algo que não se usa
porque até a esperança é vã
e a vida uma morte alada.
Huambo, Huíla, Benguela,
mapa acéfalo de recortes
e de pitangas mais agrestes.
Amorfismo da minha cela,
de grades feitas de mortes
sem cruz, beijos ou vestes.
Tulemba, espírito reinante,
irmão ganguela do passado,
passado mortífero que assola.
Jamais a Mãe preta será amante
daquele espírito bom e amado
do avoengo Ginga ou Txissola.
Quimera sim do Upuango,
qual Kissange nas noites do Bié,
na negridão da noite Luena.
Nosso, esse rio Cubango
vermelho de sangue sem fé
negro de vida nada serena.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Não são flores
toda a dor que sinto,
não há fantoche falante
que diga que minto.
É a verdade do nosso sorriso
e as lágrimas do nosso olhar
que ao longe diviso
irem encher o mar.
As flores não são flores
e os cravos não são de sol,
nesta vida só há dores
e flores murchas sem escol.
Na sombra da minha sepultura
sinto que não minto, mas sinto
a morte que nos beija e cura
a ferida que por aqui pinto.
Não são flores de verde pinho
nem sequer cravos encarnados,
são os espinhos do meu caminho
e as cicatrizes de filhos sacrificados.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Malangatana esteve em Viana do Castelo
em mais um International Music Festival
Recorde-se que o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo esteve em Maputo em 2006 para o Festival de Música Internacional local, um convite agora retribuído a Malangatana. Ontem, actuaram no palco do teatro Irina Tseitlin, Masaoki Inoue e Pasha Tseitlin ao violino, Herwig Tachezi na viola de arco, Nikolay Gimaletdinov e Tigran Mouradian ao violoncelo, Katsunori Ishii e Gena Raps ao piano, Filipe Pereira no clarinete e dois já conceituados músicos vianenses: Ana Queirós e Jano Lisboa.
A oitava edição do International Music Festival traz a Viana do Castelo cerca de oitenta jovens músicos de vários países e conta com a presença de prestigiados músicos e alguns dos maiores concertistas do Mundo para orientar masters class de violino, violoncelo, contrabaixo, piano e instrumentos de sopro do Curso de Verão para alunos nacionais e estrangeiros.
O Festival mantém, por isso, a vertente pedagógica com as Master Class dirigidas a estudantes de formação avançada de violino, violoncelo, contra-baixo, piano e sopros, cujas aulas decorrerão nas excelentes instalações da Escola Profissional de Música.
Malangatana (Valente Ngwenya) nasceu em Matalana, Província de Maputo, a 6 de Junho de 1936. Foi pastor de gado, aprendiz de “nyamussoro” (médico tradicional), criado de meninos, apanhador de bolas e criado no clube da elite colonial de Lourenço Marques. Tornou-se artista profissional em 1960, graças ao apoio do arquitecto português Miranda Guede (Pancho) que lhe cedeu a garagem para atelier.
Acusado de ligações à FRELIMO, foi preso pela polícia colonial quando duma leva de prisões que levou à cadeia, entre outros, os poetas José Craveirinha e Rui Nogar.Foi um dos criadores do Movimento para a Paz, do Museu Nacional de Arte e procurou manter e dinamizar o Núcleo de Arte (associação que agrupa os artistas plásticos). Muito ligado à criança, tem colaborado intensamente com a UNICEF e durante alguns anos fez funcionar a escolinha dominical "Vamos Brincar", uma escolinha de bairro.
Malangatana foi membro do Júri do Primeiro Prémio Unesco para a Promoção das artes: é membro permanente do Jurí " Heritage", do Zimbabwe; foi membro do Jurí da II Bienal de Havana; da Exposição Internacional de Arte Infantil de Moscovo; de vários eventos plásticos em Moçambique e Vice-Comissário Nacional par a área da Cultura de Moçambique para a Expo 98.
Malangatana já esteve em Viana do Castelo para a Feira do Livro e da Lusofonia e, entre o pintor moçambicano e o Presidente da Câmara Municipal, existe uma relação privilegiada, tendo Defensor Moura visitado o centro cultural criado por Malangatana na sua terra natal.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Hildebrando de Melo expõe na Alemanha
Sete obras de pinturas, do artista plástico angolano Hildebrando de Melo "HM", estarão expostas, de 22 de Agosto a 10 de Setembro deste ano, na cidade de Bamberg, Bavaria, na Alemanha, numa amostra colectiva de arte contemporânea internacional.
No evento, promovido pela Associação Alemã "Focus Europa" e que vai integrar artistas plásticos de outros países como da Itália, República Checa e Alemanha, "HM" vai levar para este país europeu pinturas do seu projecto artístico "Struggle/M Bilu".
As obras deste projecto, concebidas em estilo supra africano, segundo o pintor angolano, que falava à Angop, retratam a necessidade de se resgatar os valores perdidos pela guerra, de modo a que haja efectivamente uma personalidade africana.
Para o artista, que faz recurso ao acrílico sobre a tela para compor as obras, a personalidade africana passa por um maior debate de ideias, uma busca constante do respeito pelo outro, pela família e pelo gosto ao trabalho em prol ao desenvolvimento.
De 30 anos e natural do Huambo, Hildebrando de Melo, participou em seminários com curadores estrangeiros de países como África do Sul, EUA e Alemanha.
É autor de seis exposições individuais e participações em amostras colectivas feitas em Angola, Portugal e Estados Unidos da América.
Vencedor do Prémio Ensarte/2004, na categoria "Juventude", uma promoção da Empresa Nacional de Seguros de Angola (Ensa), é igualmente detentor do concurso "Sona Desenhos na Areia" da empresa norueguesa do ramo dos petróleos, Nosk Hydro.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
O (muito mau) estado da Mamôa da Ereira
Boca lança audiolivro «Um estranho
em Goa» de José Eduardo Agualusa

Aí poderão ouvir um excerto de cada uma das edições e conhecer melhor esta pequena editora/produtora que sonha publicar obras de todos os géneros literários e tem especial predilecção pelos autores lusófonos.
José é alguém que escreve para saber o fim das histórias. Ao procurar em Goa a história de Plácido Domingo, ex-comandante do MPLA e ex agente da PIDE, entretanto refugiado nas margens do Mandovi, o escritor enreda-se na complexa religiosidade local e no comércio de relíquias religiosas.
Passeando entre Ganesh e Nossa Senhora, o protagonista desta história é, afinal, o Diabo.
Com o audiolivro do romance Um estranho em Goa, a BOCA acrescenta ao seu catálogo um dos mais celebrados e traduzidos autores de língua portuguesa e uma obra que passa pelos quatro cantos da Lusofonia – Angola, Goa, Lisboa e o Brasil –, ajudando a deslindar as intrincadas relações culturais iniciadas pelos portugueses há mais de 500 anos.
A edição em livro inclui ilustrações inéditas do autor e textos de Ana Paula Guimarães, António Tomás e Marta Lança e conta com o apoio do Instituto Camões e do IELT – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional.
sábado, 8 de agosto de 2009
Morreu um dos melhores. Um dos poucos
" ...cheguei à guerra, a guerra estava fechada".
“Amarra-se a bala com uma guita".
... E agora?
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
“Rostos da Memória Vianense”
O novo livro, “Rostos da Memória Vianense”, é da autoria de José Rodrigues Lima e foi apresentado por Benjamim Moreira, que o classificou como “uma valiosa interpretação antropológica”.
O livro regista a etno-biografia de vianenses de todas as freguesias do concelho, naquilo que o autor considera “ o modo específico de pensar e viver do povo que a usa”. “Como traço comum, nota-se uma linguagem deveras peculiar, que bem retrata as gentes e os trabalhos do campo e do mar de Viana do Castelo”, adiantou o autor, que compilou um conjunto de entrevistas a personagens anónimas vianenses como pescadores, homens do campo, carreteiros, artesãos, bordadeiras, etc.,
De entre os cidadãos retratados estava António Gonçalves Puga, de 94 anos, o último carreteiro da Abelheira, que com perfeita lucidez, relatou ao Presidente da Câmara diversos episódios da sua actividade profissional e até da sua vida pessoal, recordando a ourivesaria onde comprou o primeiro relógio e as alianças do casamento.
Na apresentação da edição, com uma casa cheia de familiares dos retratados, o Presidente da Câmara Municipal lembrou a sua experiência na autarquia nos últimos 16 anos e, no prólogo do livro, fala das “figuras, verdadeiros construtores da herança comum dos vianenses”, considerando o livro de José Rodrigues Lima “um acto de justiça para os vianenses que aqui ficam com o retrato da sua própria história de vida e é, também, um público agradecimento da Câmara Municipal a todos os que, anonimamente, contribuíram com a sua criatividade e labor para o engrandecimento de Viana do Castelo”.
José Rodrigues Lima é licenciado em História e especializou-se em Educação Patrimonial. Foi delegado distrital do Fundo de Apoio a Organismos Juvenis e é autor e co-autor de diversos projectos culturais. Foi jornalista do Diário do Minho e participou em diversos suplementos culturais. Actualmente, dedica-se à pesquisa antropológica no Alto Minho e colabora com diversas instituições culturais.
O livro regista a etno-biografia de vianenses de todas as freguesias do concelho, naquilo que o autor considera “ o modo específico de pensar e viver do povo que a usa”. “Como traço comum, nota-se uma linguagem deveras peculiar, que bem retrata as gentes e os trabalhos do campo e do mar de Viana do Castelo”, adiantou o autor, que compilou um conjunto de entrevistas a personagens anónimas vianenses como pescadores, homens do campo, carreteiros, artesãos, bordadeiras, etc.,
De entre os cidadãos retratados estava António Gonçalves Puga, de 94 anos, o último carreteiro da Abelheira, que com perfeita lucidez, relatou ao Presidente da Câmara diversos episódios da sua actividade profissional e até da sua vida pessoal, recordando a ourivesaria onde comprou o primeiro relógio e as alianças do casamento.
Na apresentação da edição, com uma casa cheia de familiares dos retratados, o Presidente da Câmara Municipal lembrou a sua experiência na autarquia nos últimos 16 anos e, no prólogo do livro, fala das “figuras, verdadeiros construtores da herança comum dos vianenses”, considerando o livro de José Rodrigues Lima “um acto de justiça para os vianenses que aqui ficam com o retrato da sua própria história de vida e é, também, um público agradecimento da Câmara Municipal a todos os que, anonimamente, contribuíram com a sua criatividade e labor para o engrandecimento de Viana do Castelo”.
José Rodrigues Lima é licenciado em História e especializou-se em Educação Patrimonial. Foi delegado distrital do Fundo de Apoio a Organismos Juvenis e é autor e co-autor de diversos projectos culturais. Foi jornalista do Diário do Minho e participou em diversos suplementos culturais. Actualmente, dedica-se à pesquisa antropológica no Alto Minho e colabora com diversas instituições culturais.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Artistas angolanos na Feira de Jerusalém
Os artistas plásticos António Tomas Ana “Etona” e Sozinho Lopes representam Angola, até 15 deste mês, na 34ª edição da Feira Internacional de Artes de Jerusalém, a decorrer desde segunda-feira, em Israel.
Segundo uma nota de imprensa da Embaixada de Angola naquele país, os artistas participam no evento com obras de pintura e escultura, estando o “stand de Angola a atrair a atenção de muitos israelitas e cidadãos de várias partes do mundo, ávidos em conhecer um pouco mais sobre a cultura angolana”.
A Feira Internacional de Artes de Jerusalém, em que Angola participa pela primeira vez, é um evento anual promovido pela municipalidade de Jerusalém e pelos ministérios israelitas do Turismo e dos Negócios Estrangeiros. A mesma conta, na presente edição, com a participação de 33 países.
Além de Angola, o continente africano é representado pela Etiópia, África do Sul, Camarões, Zimbabwe, Madagáscar e Marrocos.
António Tomas Ana “Etona” e Sozinho Lopes participam no evento a convite da Embaixada de Angola no Estado de Israel.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Isabel Ferreira: "O Guardador de Memórias"
Em declarações hoje à Angop, a autora afirmou que mais de 200 exemplares da obra serão postos à disposição do público local, ao preço único de três mil kwanzas.
Disse estar a ser apoiada pela administração municipal do Namibe e pela Direcção Provincial da Cultura, pelo que convida os leitores locais a comprarem o produto, tal como aconteceu em outras províncias onde o livro já circula.
A obra está disponível em Luanda, Benguela, Cabinda e na Huíla, assim como Brasil, em Portugal, EUA, Cabo Verde, Moçambique e Canadá, neste ultimo onde reside.
A obra está disponível em Luanda, Benguela, Cabinda e na Huíla, assim como Brasil, em Portugal, EUA, Cabo Verde, Moçambique e Canadá, neste ultimo onde reside.
O livro traz um conjunto de prosas que retratam o quotidiano das mulheres na luta pela sobrevivência, contendo também aspectos humorísticos.
Grande parte dos personagens são mulheres que lidam com situações adversas, não só para sustentarem o lar, mas também para lidarem com homens polígamos.
Grande parte dos personagens são mulheres que lidam com situações adversas, não só para sustentarem o lar, mas também para lidarem com homens polígamos.
Com 331 páginas, a obra foi inspirada em letras de músicas de artistas angolanos, daí ser uma homenagem aos mesmos e às mulheres angolanas. A autora informou, por outro lado, que o trabalho está a ser bem consumido no Brasil, principalmente pelos investigadores.
Durante a sua estada no Namibe, vai manter contacto com homens de letras, jovens escritores, jornalistas e alguns actores culturais.
Isabel Ferreira nasceu em Luanda, a 24 de Maio de 1958. Licenciou-se em direito, em Angola, e em dramaturgia na escola superior de teatro e cinema de Amadora, Portugal.
Durante a sua estada no Namibe, vai manter contacto com homens de letras, jovens escritores, jornalistas e alguns actores culturais.
Isabel Ferreira nasceu em Luanda, a 24 de Maio de 1958. Licenciou-se em direito, em Angola, e em dramaturgia na escola superior de teatro e cinema de Amadora, Portugal.
Artista há 16 anos, foi bailarina e integrou o ex-Conselho Nacional da Cultura, na década de 1980. Actualmente é membro da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP).
Do seu repertório constam os livros de poesia "Laços de Amor", lançado em 1995, "Caminhos Ledos", em 1996, "Nirvana", em 2004, e "A Margem das Palavras", em 2006. Em prosa tem publicado "Fernando D'aqu" (2005) e "O Guardador de Memórias".
Do seu repertório constam os livros de poesia "Laços de Amor", lançado em 1995, "Caminhos Ledos", em 1996, "Nirvana", em 2004, e "A Margem das Palavras", em 2006. Em prosa tem publicado "Fernando D'aqu" (2005) e "O Guardador de Memórias".
Jovens escritores angolanos pedem apoios
O responsável da Brigada Jovem de Literatura de Angola (BJLA) na província do Huambo, Alberto Praia, afirmou hoje, nesta cidade, que a falta de apoios para a edição de livros tem desencorajado grande parte dos jovens autores, levando muitos desses artistas a enveredarem por outras actividades.
Falando à Angop, a propósito da produção e distribuição de livros no país, o responsável disse desconhecer o número de profissionais do ramo inscritos localmente, reafirmando que a poesia e prosa têm vindo a perder espaço, por causa dessa carência.
Para si, a província do Huambo possui potencial humano para tornar-se referência no que se refere ao lançamento de obras literárias, razão por que está a ser preparada a edição de uma colectânea de poesia e romance de autores locais.
"Os nossos escritores, embora não tenham obras no mercado, demonstram qualidade suficiente para despontarem nestas lides. Estamos em condições de lançar todos os anos entre dois a três livros. Mas é preciso que hajam apoios", expressou.
Anunciou que a Brigada Jovem de Literatura já fez alguns contactos com as autoridades governamentais e como os empresários, por forma a assegurarem financiamentos para a edição do trabalho, com textos de autores nacionais.
A publicação da colectânea tem por finalidade valorizar o trabalho dos escritores desta província e estimular o gosto pela arte de escrever.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Nancy Vieira no Festival Baía das Gatas
O festival, que vai já na sua 25ª edição, decorre na Ilha de São Vicente, entre os dias 7 e 9 de Agosto.
Dizer que Nancy Vieira é cabo-verdiana poderia ser uma forma de justificar a sua inata musicalidade. Mas não fica tudo dito. Da sua forma de estar e de interpretar as coisas da vida emerge um caudal de emoções que, por entre tristezas e alegrias, reflecte um pouco da sua personalidade. Não há ódio, nem raiva, nem revolta na sua voz. Em vez disso, há doçura e subtileza. Há ritmo e firmeza. Há sentimento e interpretação. Cabo Verde é inspiração. É causa e efeito no seu canto. O mundo é o auditório e parte integrante de uma miscelânea cultural que a influencia.
Tendo como ponto de partida os ritmos tradicionais de Cabo Verde, Nancy Vieira ultrapassa as fronteiras das ilhas, criando elos de ligação com sonoridades de outros pontos do mundo, em particular da América do Sul. Acompanhada por um grupo de excelentes e versáteis músicos, Nancy Vieira apoia a sua voz apenas em instrumentos acústicos, destacando-se a simplicidade e o bom gosto dos arranjos musicais.
Com três discos editados – Nôs Raça, Segred e Lus – Nancy Vieira tem cantado em Portugal, Cabo Verde e um pouco por todo o mundo. A sua voz tão peculiar tem sido pretexto para ser convidada a participar em discos e espectáculos de inúmeros artistas de entre os quais se destacam Rui Veloso, Ala dos Namorados e Dany Silva.
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