sexta-feira, 7 de agosto de 2009

“Rostos da Memória Vianense”

A Câmara Municipal de Viana do Castelo (norte de Portugal) apresentou na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal, mais uma edição comemorativa dos 750 anos do Foral Afonsino.

O novo livro, “Rostos da Memória Vianense”, é da autoria de José Rodrigues Lima e foi apresentado por Benjamim Moreira, que o classificou como “uma valiosa interpretação antropológica”.

O livro regista a etno-biografia de vianenses de todas as freguesias do concelho, naquilo que o autor considera “ o modo específico de pensar e viver do povo que a usa”. “Como traço comum, nota-se uma linguagem deveras peculiar, que bem retrata as gentes e os trabalhos do campo e do mar de Viana do Castelo”, adiantou o autor, que compilou um conjunto de entrevistas a personagens anónimas vianenses como pescadores, homens do campo, carreteiros, artesãos, bordadeiras, etc.,

De entre os cidadãos retratados estava António Gonçalves Puga, de 94 anos, o último carreteiro da Abelheira, que com perfeita lucidez, relatou ao Presidente da Câmara diversos episódios da sua actividade profissional e até da sua vida pessoal, recordando a ourivesaria onde comprou o primeiro relógio e as alianças do casamento.

Na apresentação da edição, com uma casa cheia de familiares dos retratados, o Presidente da Câmara Municipal lembrou a sua experiência na autarquia nos últimos 16 anos e, no prólogo do livro, fala das “figuras, verdadeiros construtores da herança comum dos vianenses”, considerando o livro de José Rodrigues Lima “um acto de justiça para os vianenses que aqui ficam com o retrato da sua própria história de vida e é, também, um público agradecimento da Câmara Municipal a todos os que, anonimamente, contribuíram com a sua criatividade e labor para o engrandecimento de Viana do Castelo”.

José Rodrigues Lima é licenciado em História e especializou-se em Educação Patrimonial. Foi delegado distrital do Fundo de Apoio a Organismos Juvenis e é autor e co-autor de diversos projectos culturais. Foi jornalista do Diário do Minho e participou em diversos suplementos culturais. Actualmente, dedica-se à pesquisa antropológica no Alto Minho e colabora com diversas instituições culturais.

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